terça-feira, 30 de julho de 2013

                                                                 Sua Santidade: a Humildade


            A semana começou com o fim de um evento que mobilizou a cidade do Rio de Janeiro: A JMJ ( Jornada Mundial da Juventude) que deixou maravilhadas pessoas do mundo inteiro que tiveram a oportunidade, seja pela imprensa ou seja participando da jornada de conhecer um pouco mais o novo Líder da Igreja Católica, o Papa Francisco.
             Com um carisma que contagiou a todos, ele veio de mansinho nos falar de coisas tão simples mas tão raras nos dias de hoje, como a compaixão, a humildade, a família e principalmente a ética e o desprendimento material que deve ter toda autoridade, seja religiosa ou política. O Papa Francisco fez nascer em mim um sentimento que há muito havia desaparecido, confesso. Dentro de mim não existia mais a fé que tantos pregam. Dentro de mim não existia mais lugar para religião. Dentro de mim crescia a descrença nas pessoas e no mundo em que habito. Podem me chamar de pessimista. Até confesso que me sentia assim. Mas nos dias de hoje como não nos decepcionar com tanta corrupção, tanta violência, tanta miséria que existe diante dos nossos olhos? Como não se indignar com a postura de tantos governos medíocres e corruptos? como ficar indiferente a tanto individualismo?
          Pois é, mas Francisco chegou para colorir um pouco nosso mundinho que está ficando tão cinza. Ele chegou trazendo a esperança e a fé de que tanto precisávamos. Chegou, cativou, orou e foi embora governar lindamente um Estado pequeno como  é o Vaticano, mas com um coração que cabe o mundo. Cabe todo o mundo, inclusive eu.

                 

sexta-feira, 26 de abril de 2013

As cores e as dores de Frida Kahlo

  Estou meio (totalmente) ausente do Blog. Estou com a vida agitada, muitas leituras, muitas informações que embaralham meus pensamentos e aí não consigo nem sentar para digitar uma palavra.
   Mas prometo que retornarei com mais frequencia. Para iniciar nossa conversa venho falar do livro que recentemente li: Frida Kahlo, escrito por Rauda Jamis, publicado pela Editora Martins Fontes, com 280 páginas, tendo a data de 1987 como 1ª edição brasileira.
   Confesso que quando comecei a leitura estava muito entusiasmada, pois tinha a expectativa de que iria ler uma biografia de uma artista do século XX cheia de emoções e surpresas. Pois bem as primeiras páginas retratam a origem de Frida, a vida de seus pais, O México numa crescente agitação política com revoltas e a revolução assolando o país. O acidente de Frida  é na minha opinião o momento em que as emoções começam a brotar na vida da artista. O sofrimento que ela passou foi muito grande mas ela soube mesclar as dores com as cores fortes que ela usava para se expressar.
    Os amantes de Frida foram um capítulo a parte. Casou-se com Diego Rivera mas manteve relações extra conjugais com vários homens incluindo Trotski que na época estava refugiado no México por causa da política na antiga URSS. O filhos que Frida não concebeu . Isso foi mais uma soma de sofrimento à vida da artista. "Gosto muito das coisas, da vida, das pessoas. Não quero que as pessoas morram. Não tenho medo da morte, mas quero viver. A dor, isso não, não a suporto".  Acho que além das dores fisícas, a dor de não poder ser mãe foi a que mais destroçou Frida. Chegou a pintar alguns quadros onde demonstrava o tema do aborto.
     Cores, dores, paixão, sorrisos, lágrimas, festas, lamentos. Isso e muito mais você vai encontrar ao ler a biografia de Frida. Respire, leia e se encante. Vale muito a pena conhecer um artista além de sua obra. Vale muito a pena saber que por trás de uma face que sorri e que vive num mundo glamouroso, existe uma tristeza eterna. Essa é Frida Kahlo.